Por: Flávio

        "Espero que não soe como vaidade ou egoísmo, mas pra ficar na memória. Final da Copa 18 de Maio 2014, mais uma decisão e novamente contra a equipe mais vencedora e maior rival. Jogo difícil, tenso e decidido nos detalhes. Cantareira x Fetems completos em campo, muitos espectadores, uma taça em disputa e muita rivalidade em campo, todos os ingredientes de um grande jogo e assim foi o que cada presente viu. O jogo: logo no inicio a equipe da Fetems partiu pra cima e nós sofremos uma pressão que quase resultou em gol do adversário, passaram-se dez minutos quando não conseguíamos sair do sufoco pois estávamos marcando no campo de defesa esperando um erro do adversário para o contra-golpe fatal mas a estratégia inicial não estava funcionando. Foi então que o nosso capitão, Ricardinho, pediu pra adiantarmos a marcação e pressionarmos a saída de bola deles, deu certo, equilibramos o jogo, saímos do sufoco e começamos a atacar também, logo abrimos o placar com um chute da intermediária do nosso meia Diogo que contou com a falha do goleiro Nildo. Estávamos na frente e assim terminou o primeiro tempo. O segundo seguiu com o mesmo roteiro, jogo equilibrado e disputado, as duas equipes tentando o gol mas parando na marcação do adversário. Houve um lance polêmico onde nós puxamos um contra-ataque e o nosso meia Jessé faria segundo gol que foi evitado pelo volante Bolão, detalhe: o volante desviou a bola para escanteio usando a mão deliberadamente e os árbitros alegaram não ter visto a malandragem, prejuízo nosso. O  gol de empate aconteceu em meados da etapa final num lance de bate e rebate Tatinha cutucou a bola para empatar a partida que terminaria em igualdade, logo a decisão ficaria para a cobrança dos temíveis pênaltis. Cada equipe bateria três penalidades e se houvesse necessidade bateriam alternadamente até se chegar a um vendedor. Nardon abriu as cobranças para Fetems e logo no primeiro pênalti defesa extraordinária do nosso goleiro Diego, Diogo abriu para a nossa equipe e converteu, Tatinha fez para a Fetems, Toninho o nosso segundo batedor também converteu, Alê bateu o terceiro e fez deixando eles ainda com chances e aí vem o porquê do inesquecível, fui para a nossa terceira e última, talvez, cobrança, com uma responsabilidade enorme nos pés, pois a nossa equipe é tida sempre como uma das favoritas e perdera as últimas duas finais justamente para o rival. Eu não podia errar. Seria mais uma decepção e o título que estava tão perto poderia escapar, fui, peguei a bola, olhei para o goleiro, não ouvia nada, só pensava onde chutar e de que maneira bater na bola, pronto decidi: bater forte e cruzado no alto. Corri pra bola e fiz o que tinha imaginado, deu certo!!! A bola estufou a rede no canto superior direito do goleiro Nildo, ele não teve chance, quando reagiu a bola já havia passado. Depois de finalizar a cobrança corri em disparada em direção a minha esposa para abraçá-la e compartilhar com ela aquele momento tão feliz na minha vida, foi mágico. Conseguimos o bicampeonato! Essa ficou para sempre!!!"

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